growPack

A growPack, fundada em 2018 na Argentina, inaugurou no dia 15 de julho sua planta piloto em Vinhedo, interior de São Paulo, para produzir a primeira embalagem sustentável e compostável que tem como matéria prima principal a palha de milho, que possibilita uma tecnologia versátil e que pode ser adaptada às fontes alternativas de biomassa, permitindo co-criar diferentes produtos de acordo com a necessidade do mercado. Essa é uma tecnologia proprietária e 100% mecânica, ou seja, não há cozimento químico nas matérias-primas, sendo uma alternativa mais sustentável por reduzir pela metade a emissão de Gases de Efeito Estufa em comparação com o papelão (baseado em ACV), promover economia de 25% de energia elétrica, reduzir em até 80% o uso de água e ter custos de produção ao mínimo. Na escala inicial, as soluções trazem preços competitivos em relação ao papelão e fibra moldada importada, criando grandes perspectivas para maiores escalas. Em 2019 a startup foi nomeada como um dos projetos mais inovadores da América Latina pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e pelo ITBA (Instituto Tecnológico de Buenos Aires. Em 2020 participou da segunda turma da Aceleradora 100+, programa da Ambev que une inovação e sustentabilidade, e em 2021, após uma rodada de investimento, a companhia passou a ser investidora líder da empresa, realizando um piloto neste mesmo ano. Além disso, a empresa busca parcerias com grandes fornecedores de fibras alternativas que são descartadas, mas podem gerar valor e captura de carbono na fonte. “As mesmas plantas que alimentam o mundo têm o potencial para construí-lo”, ressalta Exequiel Bunge, sócio-proprietário. No momento a fábrica vai operar com uma capacidade inicial de 400kg/dia, o que equivale a 100 mil unidades de embalagens, mas o plano é triplicar esse volume até o início de 2023. “Para isso, prevemos triplicar nosso time até o final do próximo ano”, diz Sean Tenório, COO da growPack.