ECOS DA COP 30 FOI DESTAQUE NO GREEN RIO/BLUE ECONOMY RIO SUMMIT

Recém chegando de Belém, Marcello Brito abriu o painel na condição de Secretário Executivo do Consórcio Amazônia Legal e também como Enviado Especial da COP30 com foco em governos subnacionais amazônicos. Um entusiasta de primeira hora sobre a ideia de realizar a COP30 na Amazônia. Marcello considera um divisor de águas a COP30 ser realizada na Amazônia, uma COP inovadora, cujos resultados superaram os desafios encontrados e um legado importante foi conseguir fazer o Brasil discutir a Amazônia. Pará deu um show de contraponto à tantas críticas pesadas.

Ismael Nobre também elogiou o fato da COP30 ter acontecido na Amazônia, comentando que os painéis dos quais participou foram enriquecedores e contribuíram para a ampliar a rede do Instituto Amazônia 4.0, do qual ele é presidente. Ismael endossou o descontamento que o ambientalista Carlos Nobre declarou à imprensa, citando:
– Mapa do Caminho ficou fora;
– Meta Global de Adaptação ( GGA) enfraquecida;
– Financiamento climático ainda muito abaixo do necessário;
– Mitigação sem avanços estruturais;

Entretanto, Ismael também apontou pontos positivos:
– Direitos indígenas reconhecidos como estratégia climática;
– Brasil promete levar adiante Mapa do Caminho;
– Comércio Internacional entra oficialmente na agenda;
– Aprovação do Plano de Ação de Gênero de Belém;
Ismael está confiante nos projetos que Amazônia 4.0 realizará com novos parceiros e novos contatos realizados durante a COP30.

Adrienne Gonçalves, Sebrae Amazonas, ressaltou que esta foi a primeira COP que abriu espaço para empreendedorismo. Especialmente ao empreendedorismo feminino, e dos ribeirinhos. SEBRAE ofereceu oportunidade para todos os empreendedores da Amazônia e isso merece ser registrado. Adrienne apresentou um lindo vídeo que dá uma pequena mostra do quão relevantes são os empreendedores da Amazônia para a preservação da nossa floresta. Adrienne fez questão de homenagear os 12 empreendedores do Estado do Amazonas que vieram ao Green Rio 2025 e alguns deram seus depoimentos sobre a COP30, onde tiveram a oportunidade de mostrar que os micro e pequenos empreendedores são estratégicos para a economia local e regional.

Guilherme Rodrigues, CERTI, trouxe para o painel o recém inaugurado “Parque da Bioeconomia”, em Belém/PA, que integra mecanismos de empreendedorismo inovador com um laboratório-fábrica para desenvolvimento de startups e produtos da sociobiodiversidade. Segundo Guilherme, o “Parque da Bioeconomia”, tem potencial para trabalhar com comunidades tradicionais/indígenas/ribeirinhas e associações/cooperativas na manutenção da floresta em pé. Guilherme ressaltou que o “Parque da Bioeconomia” atenderá à todos os Estados da Amazônia Legal.

Ana Asti, Subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade – Rio de Janeiro, ficou particularmente feliz com esta COP30 na qual, pela primeira vez a Economia Azul foi contemplada. Ana também ressaltou como ponto positivo a presença dos subnacionais, onde regionais e municipais tiveram voz. A relação Clima e Cidades estava presente na COP30 e conversou com países de diversos continente, sendo uma COP multilateral.

Jorge Gildi, Banco do Brasil, destacou que o banco esteve fortemente presente na COP30. Realizou o lançamento de sua mesa de comercialização de créditos de carbono, tornando-se o primeiro grande banco brasileiro a facilitar a compra e venda desses créditos. Também focou em bioeconomia, agro sustentável, com o Ecoinvest e inovação reforçando seu compromisso com finanças sustentáveis e a agenda climática através de parcerias e financiamentos verdes.

Enrique Garcilazo, OCDE, comentou sobre a apresentação de mais de 35 eventos virtuais. O Pavilhão Virtual COP30 da OCDE abrangeu uma ampla gama de tópicos e reunindo os principais especialistas, decisores políticos e a sociedade civil. Foram análises e dados importantes da OCDE para informar a ação sobre as alterações climáticas.

Ingo Plöger, presidente da ABAG, fez uma avaliação da agenda de ações propostas. Reiterou ao mundo como o Brasil tem investido para uma produção de alimentos, fibras e bioenergia cada vez mais sustentável e com baixa emissão de carbono com o uso de ciência, tecnologia e inovação. Ingo destacou a AgriZone, estrutura montada pela Embrapa, juntamente com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), e como a parceria de entidades setoriais relevantes, teve um papel estratégico, ao possibilitar que negociadores internacionais pudessem conhecer o papel da agricultura tropical na mitigação e adaptação das mudanças climática