“ Algumas Tendências dos Negócios para a Década” – por Renato Dias Regazzi *

Os próximos anos podem ser definidos por desafios econômicos globais, derivados do considerável endividamento da população e das empresas, somado aos prejuízos acumulados desde a última pandemia. A elevação dos juros, a inflação disseminada em vários países e a redução do poder de compra estão impactando o consumo. Além disso, eventos como desastres naturais, crises geopolíticas como a guerra Rússia-Ucrânia, problemas no Oriente Médio e o aquecimento global estão contribuindo para a escassez de recursos financeiros, energéticos, alimentares e de produtos industrializados, prejudicando as cadeias produtivas.

Diante desse cenário, empresas e profissionais devem adotar estratégias assertivas para mitigar os impactos do potencial de uma possível recessão. Isso inclui uma gestão rigorosa de custos, foco na produtividade, simplificação operacional e a concentração em produtos, serviços e clientes de maior retorno, com redução do mix de produtos. Investir em inovação e tecnologia, fidelização de clientes, desenvolver nichos de mercado e mercados locais de vizinhança, e o fomento ao associativismo que é uma importante tendência em uma economia cada vez mais compartilhada e colaborativa, são imperativos e promotores de sucesso e futuro para essa década (2021 a 2030).

Muitos especialistas veem esse momento como uma transição, um período de instabilidade e incertezas, similar a momentos históricos de grandes transformações, como revoluções industriais e guerras mundiais. No entanto, há sinais que podem orientar empresas e profissionais nesse período, como a descentralização de mercados e empresas, o crescimento das economias locais, o desenvolvimento sustentável (ESG), a economia do mar sustentável (a chamada economia azul), o uso de tecnologias para tomada de decisões, digitalização, inteligência artificial e a volta da humanização nas relações empresariais. São todas tendências emergentes, com grande destaque para a popularização da inteligência artificial.

A convergência física e digital, conhecida como “figital”, destaca a importância da abordagem “omnichannel” centrada no cliente como uma tendência que continua em franco crescimento. Para atender às expectativas dos consumidores, as empresas devem investir na gestão abrangente e no desenvolvimento colaborativo, preservando o meio ambiente e tendo responsabilidade social. Para isso as empresas e organizações devem desenvolver lideranças genuínas, com destaque para líderes com inteligência emocional, empatia, com capacidade de adaptação e flexibilidade e com o mais importante: a capacidade de lidar com pessoas. O modelo de liderança autoritária, grosseira, individualista, antiética e egocêntrica, estão com seus dias contados.

A ascensão dos “microinfluenciadores digitais” e a crescente importância da sustentabilidade, e os conceitos sobre o empreendedorismo azul, também uma tendência em franco crescimento. Em sintonia com a designação da década de 2021 a 2030 como a “década dos oceanos” pela ONU, o empreendedorismo azul emerge como uma prática econômica que utiliza os recursos marítimos de forma sustentável, promovendo o desenvolvimento econômico e social globalmente, ao mesmo tempo que preserva os ecossistemas marinhos. Vamos em frente para conhecer as novas tendências dessa década.

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